sexta-feira, 29 de abril de 2011

In Media Res

E brevemente traremos também a gravação da nossa peça. Até lá!

Proposição - Estância III



Obrigada, João!

Proposição - Estância II



Obrigada, Rita!

Proposição - Estância I



Obrigada, Luísa!

Musicar a Proposição - um projecto arrojado.

Para complementar as actividades que fomos desenvolvendo ao longo do estudo de Os Lusíadas, propus aos alunos que musicássemos a Proposição da obra. Foi uma tarefa que envolveu o mui distinto professor de música da nossa escola, Filipe Oliveira, e alunos de outras turmas: o João do 8ºA, a Rita do 9º A e a Luísa do Curso de Educação e Formação de Geriatria.
A ideia era repartir as três estâncias em três estilos musicais distintos. Não faria sentido se não homenageássemos as antigas colónias portuguesas: Brasil e África. Para a estância remanescente reservámos unanimemente um fado.
O professor Filipe Oliveira e os alunos convidados foram incansáveis e o resultado não poderia ter sido mais brilhante.
Apreciem pois a voz da Luísa a cantar ritmos africanos, do João que veste a pele de um garboso fadista e da Ritinha que encarna a Bossa Nova na perfeição.
A captação e a edição de imagens esteve à minha responsabilidade.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

In Media Res - Outro Poster


Somos vinte e quatro alunos envolvidos e a nossa professora de Português. Há muito trabalho ainda pela frente, mas temos a certeza de que a nossa peça vai ser um sucesso. Prometemos gravar e colocar aqui no Blogue.

In Media Res - Peça de Teatro baseada n'Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões


Andámos o segundo período inteiro a escrever, ensaiar e fazer cenários para a nossa peça In Media Res. Ela está aí à porta. Dia 6 de Maio, sexta-feira, estreamos no Auditório Municipal. Divertimos-nos imenso nos ensaios e Camões surge como uma terapia num ano lectivo cheio de trabalho.

quinta-feira, 31 de março de 2011

A nossa peça: os preparativos.

Estamos todos muito ocupados a ensaiar a peça que fizemos a partir de «Os Lusíadas». Decorar o texto não está a ser uma tarefa fácil, mas a construção de cenários e adereços também não o está a ser menos...
Ora, dêem lá uma vista de olhos ao nosso trabalho!







sexta-feira, 25 de março de 2011

Trabalho sobre Os Lusíadas.

Os Lusíadas - Apresentação ppt.

Luís de Camões, “Os Lusíadas”: Aferição de conhecimentos


Testa também tu os teus conhecimentos.

Escolhe a opção certa:

1 – Os Lusíadas são:

a) um poema lírico
b) uma narrativa épica
c) um ensaio sociológico.

2  - Camões foi um escritor:

a) medieval
b) romântico
c)  clássico-renascentista.

3 – O autor d’ Os Lusíadas escreveu também:

a)  narrativas
b)  peças de teatro
c)  poesia e peças de teatro.

4 – No plano formal, devemos considerar n’ Os Lusíadas a existência de:

a)  10 cantos, contendo cada um deles um número variável de estâncias
b)  10 cantos, contendo cada um deles um número fixo de estâncias
c)  4 partes, a saber, a Proposição, a Invocação, Dedicatória e Narração.

5 – Quanto à estrutura interna, Os Lusíadas estão divididos em:

a) 10 cantos
b) Preposição, Invocação, Dedicatória e Maravilhoso
c) Proposição, Invocação, Dedicatória e Narração.

6 – No que respeita à rima, podemos considerar a existência de:

a) Esquema rimático abababcc, rima cruzada e emparelhada
b) Esquema rimático abababcc, rima interpolada e cruzada
c) Verso solto.

7 – Quanto à métrica, todos os versos são:

a) Alexandrinos
b) Decassílabos
c) Hendecassílabos

8 – O herói d’ Os Lusíadas é:

a) Vasco da Gama através do povo português
b) O povo português através de Vasco da Gama
c) Os deuses do Olimpo.

9 – As estrofes da epopeia são:

a) Oitavas
b) Sétimas
c) Décimas

10 – Os planos narrativos da obra são:

a) Quatro
b) Três
c) Cinco.

11 – As considerações do poeta constituem um desses planos narrativos. Verdadeiro ou falso?

12 – A narração começa:

a) No princípio da viagem
b) “in media res”
c) “in res publica”.

13 – O poeta inspirou-se:

a) Em epopeias da antiguidade clássica
b) Em romances da Idade Média
c) Em epopeias da Idade Média.

14 - As epopeias que lhe serviram de inspiração - a Eneida, a Ilíada e a Odisseia - são da autoria de:

a) Sófocles e Homero
b) Sófocles e Eurípedes
c) Virgilio e Homero.

15 - Júpiter é:

a) Deus do Vinho
b) O pai dos Deuses
c) Deus do Mar.

16 - Vénus é apresentada por Camões como:

a) Inimiga dos portugueses
b) Responsável por colocar obstáculos o caminho dos portugueses
c) Protectora dos portugueses.

Camões: Cartão do Cidadão


A nossa professora de Português apresentou-nos, hoje, esta ficha para ficarmos a saber algumas curiosidades sobre a vida de Luís Vaz de Camões.
A sua vida

Verdadeiro ou falso?
1 – Pertence à nobreza e aparece referenciado como “cavaleiro fidalgo”.
2 – Frequentou o ensino superior graças a um tio, D. Bento, prior no Mosteiro de S. Cruz.
3 – Frequentou o ensino superior em Lisboa.
4 – No ano de 1553 fez uma expedição a Ceuta, onde foi ferido e perdeu o olho direito.
5 – Em Lisboa, levou uma vida de boémia e mantinha boas relações com a corte.
6 – Começa a escrever ao sabor de uma irónica despreocupação, vivendo apenas do destino, boémio e desregrado.
7 - Numa desordem ocorrida no Rossio, em dia do Corpo de Deus, na qual feriu um tal Gonçalvo Borges, foi preso só saiu com a promessa de embarcar para o Brasil.
8 – Camões viu aqui uma forma de ganhar a vida ou mesmo de enriquecer.
9 - Foi soldado durante três meses e participou em expedições militares que ficaram recordadas nas suas obras.
10 –A nau em que regressava, naufragou e o poeta perdeu a amada, salvando a nado Os Lusíadas na foz do rio Meca, episódio a que alude na estância 128 do Canto X.
11 - Para cúmulo da desgraça foi preso à chegada a Goa pelo governador Francisco Barreto.
12 - Empreende o regresso a Portugal e faz paragem em Angola.
13 - Contou com a ajuda de amigos que, ao encontrá-lo na miséria, lhe pagarem o regresso a Lisboa.
14 - Chega a Lisboa em 1569 e publica Os Lusíadas em 1575, conseguindo uma censura excepcionalmente benévola.
15 - Apesar do enorme êxito do poema e de lhe ter sido atribuída uma tença anual de 15000 réis, parece ter continuado a viver pobre.
16 - Morreu em 1 de Junho de 1580. Algum tempo mais tarde, D. Gonçalo Coutinho mandou gravar uma lápide para a sua campa com a citação:
“Aqui jaz Luís de Camões, Príncipe dos Poetas de seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assi 
morreu”.


9º Ano

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Cara sem olhos. - Parte II


Neste excerto do filme de Leitão de Barros, é possível visualizar o momento em que Luís Vaz de Camões é atingido por um tiro e acaba por ficar cego do olho direito. É ainda possível vermos algumas mulheres a troçarem dele assim que o vêem na taberna do «Mal Cozinhado», sítio que frequentava amiúde quando estava em Lisboa.

Cara sem olhos.

«Eu até era um rapaz jeitoso e com sorte junto das moças, mas algumas, por maldade, ou simplesmente porque eram tontas, troçavam de mim por ser cego de um dos olhos, chamando-me «cara sem olhos»... Vingava-me, fazendo versos e até fazendo humor sobre a minha infelicidade... Como estes:

Sem olhos vi o mal claro
que dos olhos se seguiu:
pois cara sem olhos viu
olhos que lhe custam caro.
E olhos não faço menção,
pois quereis que os olhos não sejam;
vendo-vos, olhos sobejam,
não vos vendo, olhos não são

Amélia Pinto Pais, Os Lusíadas em prosa, Areal Editores, pags. 2-3. 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nós e a expressão escrita.


Com a mesma métrica e os mesmo esquema rimático, saiu-nos isto na nossa aula:

Camões afirma logo, claramente,
Cumprindo a habitual Proposição
Que quer cantar a Portuguesa gente,
Exemplo da humana condição.
E porque quer um verso diferente
Auxílio pede, em forte Invocação
Às Tágides que acordam o fulgor
Preciso no poético labor.

A obra é dedicada ao valeroso
Rei que este povo dirigia
E que, embora novo, valioso
Tributo do poeta merecia -
Por ser do Luso reino tão famoso
A luminosa mão, o certo guia:
A Dedicatória homenageia
O Rei e o seu povo a mesma ideia!

Os barcos navegando lentamente
nas águas de tempos já passados
são como os nossos sonhos, no presente,
que anseiam por destinos melhorados.
A vida é um mar à nossa frente
Um mar que deve ser atravessado
Então, vamos em frente navegando
de mãos dadas num futuro sonhando.

Os Lusíadas em Numerais


A obra Os Lusíadas, editada pela primeira vez em 1572, é uma sofisticada construção literária que impressiona qualquer estudioso. Vale a pena recordar que esta epopeia está dividida em 10 Cantos e que, em média, cada Canto é constituído por 110 estâncias ou estrofes. O Canto mais longo é o X com 156 estâncias.

Se tivermos em conta que cada estância tem 8 versos e que, no total, a obra em 1102 estâncias, Camões escreveu afinal 8896 versos. Cada um desses versos tem 10 sílabas métricas (verso heróico). É importante notar que 773 estâncias das 1102 referidas, dizem respeito à acção principal (viagem da armada de Gama e a intervenção dos deuses do Olimpo).

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

E foi assim que começámos as nossas aulas.


Como motivação para a leitura e análise da grande epopeia camoniana, a nossa professora mostrou-nos o filme Camões, de José Leitão de Barros. É um filme já bastante antigo, de 1946, e, obviamente, a preto e branco. A película está visivelmente deteriorada e a passagem para formato digital não fez com que o filme ganhasse grande qualidade, muito pelo contrário.


Porém, em 1946 este filme português concorreu à primeira edição do prestigiado Festival de Cannes.

Ficaremos a aguardar que outros realizadores portugueses ou estrangeiros se interessem pela vida e obra de Camões e de outros grandes escritores da Língua Portuguesa e que possam fazer mais filmes. 


Remakes precisam-se!

O Título do Poema


Não parece haver qualquer dúvida que Luís de Camões foi buscar o título do poema épico a André de Resende, referido já em «Vicentius Levita et Martyr», publicado em 1545. Numa carta escrita a Pedro Sanches em 1561, André de Resende volta a usar a palavra e a explicar como surge o nome:

«A Luso, unde Lusitania dicta est, Lusiadas adpellavimus Lusitanos et a Lysa Lysiadas, sicut a Aenea Aeneadas dixit Virgilius.»*


*(De Luso, termo a partir do qual se deu nome à Lusitânia, chamámos Lusíadas aos Lusitanos, e de Lysa Lysíadas, tal como Virgílio criou Aeneadae a partir de Aeneas) Trad. livre


O que André de Resende pretendeu fazer foi uma formação de palavras semelhante às de Virgílio.


Então: Eneias - Eneiadas (Eneida)
          Luso (da Lusitânia) - Lusíadas
          Lysa - Lysíadas

Porquê estudar Camões?


Camões continua vivo, não apenas onde se fala e escreve a língua que ninguém mais do que ele enriqueceu e ilustrou, como nos países estrangeiros onde, sejam quais forem as reservas feitas à densidade humana ou ao valor literário da sua obra, é admirado como dos poetas que melhor resistirão às flutuações do gosto e da transitoriedade das culturas.


Hernani Cidade, Camões O Épico II Vol., p.14

Por muito que os alunos do 3º Ciclo tenham dificuldade em ler Os Lusíadas, não se pode negar que este livro se trata de uma obra arquitectónica inigualável.

São 8896 versos escritos sempre com os mesmo esquema rimático, a mesma acentação silábica e a mesma métrica. Isto é obra!